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Resumo:A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada em 05/08/2025, reforçou a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, sinalizando uma política monetária significativamente contracionista por um período prolongado. Combinada com indicadores econômicos recentes e incertezas externas, como as tarifas comerciais dos EUA, a decisão impacta diretamente o mercado forex brasileiro, especialmente a cotação do par USD/BRL. Este artigo analisa como esses fatores podem moldar o comportamento do real nas próximas semanas, com base em dados econômicos e cotações atuais.
Publicado em 05/08/2025
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada em 05/08/2025, reforçou a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, sinalizando uma política monetária significativamente contracionista por um período prolongado. Combinada com indicadores econômicos recentes e incertezas externas, como as tarifas comerciais dos EUA, a decisão impacta diretamente o mercado forex brasileiro, especialmente a cotação do par USD/BRL. Este artigo analisa como esses fatores podem moldar o comportamento do real nas próximas semanas, com base em dados econômicos e cotações atuais.
O Copom manteve a Selic em 15%, o maior patamar desde julho de 2006, devido a expectativas de inflação desancoradas (5,07% para 2025 e 4,4% para 2026, segundo o Boletim Focus) e um cenário externo adverso. No dia 05/08/2025, às 09:10, o dólar à vista subiu 0,26%, cotado a R$ 5,522 na venda, enquanto o contrato futuro de dólar na B3 avançou 0,10%, a R$ 5,560. Na véspera, o dólar fechou em R$ 5,507, uma queda de 0,69%, refletindo otimismo global após revisões nos dados de emprego dos EUA.
A ata destaca a cautela redobrada do Banco Central diante de tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros, como café, carnes e pescados, a partir de 06/08/2025. Apesar da isenção de cerca de 700 produtos (como suco de laranja e petróleo), o tarifaço aumenta a incerteza, impactando setores exportadores e elevando o risco-país. Esses fatores, aliados à inflação persistente e à política fiscal expansionista, devem pressionar o USD/BRL nas próximas semanas.
A manutenção da Selic em 15% reforça o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, onde a expectativa de um corte de 25 pontos-base pelo Federal Reserve em setembro subiu para 90% (CME FedWatch). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de 10 anos estão em 4,19%, enquanto o DI brasileiro para jan/26 está em 14,91%. Esse diferencial favorece o real, atraindo fluxos de capital para ativos de renda fixa brasileira, o que pode limitar a valorização do dólar.
No entanto, a ata do Copom sinaliza que a Selic permanecerá alta até pelo menos o segundo trimestre de 2026 (projeção da EQI Asset), com possibilidade de retomada do ciclo de alta se a inflação não convergir para a meta de 3%. Essa postura hawkish (rigorosa) reduz a pressão de depreciação do real no curto prazo, mas a desancoragem das expectativas inflacionárias (3,4% no 1T27) pode manter a volatilidade no USD/BRL.
As tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, efetivas a partir de 06/08/2025, afetam setores chave, como café e carnes, que representam uma parcela significativa das exportações. O Copom destacou que os impactos agregados são incertos, dependendo das negociações futuras e da percepção de risco. Essa incerteza pode pressionar o real para baixo, elevando o USD/BRL, especialmente se as negociações com os EUA não resultarem em alívio tarifário.
O economista Dan Kawa, em postagem no X, observou que eventos como a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e as tensões comerciais adicionam volatilidade de curto prazo aos ativos brasileiros. Contudo, ele sugere que fluxos globais e o cenário de juros nos EUA continuarão sendo os principais drivers do USD/BRL, potencialmente ofuscando ruídos domésticos.
A inflação brasileira permanece acima da meta, com projeções de 4,9% em 2025 e 3,6% em 2026, impulsionada pela inflação de serviços (devido à inércia e economia aquecida). O mercado de trabalho robusto, com 166,6 mil vagas criadas em junho (abaixo das 177,2 mil esperadas) e desemprego em mínimas históricas, sustenta o consumo, dificultando a convergência inflacionária. Esse cenário pressiona o Copom a manter a política restritiva, limitando a depreciação do real, mas também restringindo o crescimento econômico, o que pode impactar a confiança no mercado forex.
O Copom expressou preocupação com o enfraquecimento das reformas estruturais e o aumento dos gastos públicos, que elevam o risco-país e podem aumentar a taxa de juros neutra. A política fiscal expansionista, combinada com incertezas sobre a dívida pública, pode levar a uma percepção de maior risco, pressionando o USD/BRL para cima. A participação do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, no 2º Encontro do CPFO em 05/08/2025, será monitorada por sinais de ajuste fiscal que poderiam mitigar essa pressão.
· Mercado de Trabalho: Apesar da desaceleração (166,6 mil vagas em junho vs. 185 mil esperadas pela XP), o mercado de trabalho aquecido sustenta a demanda, mantendo a pressão inflacionária.
· Mercado de Crédito: A queda nas concessões, o aumento da inadimplência e o comprometimento da renda familiar indicam moderação econômica, o que pode limitar a depreciação do real.
· Ibovespa: O índice subiu 0,4% em 04/08/2025, a 132.971 pontos, refletindo otimismo global com a possibilidade de cortes de juros nos EUA. Esse sentimento pode apoiar o real no curto prazo.
· Boletim Focus: A projeção de inflação para 2025 caiu para 5,07%, e o PIB para 2026 foi revisado para 1,88%, sinalizando expectativas de crescimento mais fraco, o que pode pressionar o real.
O USD/BRL deve enfrentar volatilidade moderada nas próximas semanas devido à combinação de fatores domésticos e externos:
· Fatores de Alta no USD/BRL: As tarifas dos EUA, a incerteza fiscal e a prisão domiciliar de Bolsonaro podem aumentar a percepção de risco, pressionando o real para baixo. A cotação pode testar níveis próximos a R$ 5,60, conforme projeção do Boletim Focus para o fim de 2025.
· Fatores de Baixa no USD/BRL: O diferencial de juros favorece o real, atraindo fluxos de capital. Além disso, o otimismo global com cortes de juros nos EUA (probabilidade de 90% em setembro) pode apoiar moedas de mercados emergentes, mantendo o USD/BRL abaixo de R$ 5,55 no curto prazo.
A reunião do Copom em setembro será crucial. A ata sugere que a Selic permanecerá em 15%, mas a vigilância do Banco Central indica que novos dados econômicos (inflação, crédito, atividade) serão decisivos. Se os impactos das tarifas americanas forem mais severos ou se a inflação de serviços permanecer alta, o USD/BRL pode se aproximar de R$ 5,70 (projeção Focus para 2026). Por outro lado, sinais de desinflação (como a deflação no atacado mencionada pela XP) e uma política fiscal mais austera podem estabilizar o real.
1. Monitorar Indicadores Econômicos: Acompanhe o IPCA, o Caged e os PMIs de serviços para avaliar a pressão inflacionária e a atividade econômica. Dados da balança comercial dos EUA, divulgados em 05/08/2025, também podem influenciar o USD/BRL.
2. Gestão de Risco: Use stop loss e take profit para proteger posições em um mercado volátil, especialmente com eventos como as negociações Brasil-EUA e a temporada de balanços (Itaú, Embraer, etc.).
3. Aproveitar o Diferencial de Juros: Estratégias de carry trade podem ser lucrativas, aproveitando os juros altos no Brasil frente aos EUA.
4. Sinais de Forex via WikiFX: Utilize ferramentas como o SkyEye para monitorar tendências e evitar corretoras fraudulentas, garantindo operações seguras.
5. Análise Técnica: O USD/BRL enfrenta resistência em R$ 5,56 (média móvel de 200 períodos no gráfico diário) e suporte em R$ 5,50. Um rompimento acima de R$ 5,56 pode indicar pressão de alta, enquanto quedas abaixo de R$ 5,50 sugerem fortalecimento do real.
A ata do Copom reforça uma postura hawkish, com a Selic em 15% até pelo menos meados de 2026, visando combater a inflação persistente e reancorar expectativas. As tarifas dos EUA, a desaceleração do crédito e o mercado de trabalho aquecido criam um cenário misto para o USD/BRL, com volatilidade esperada nas próximas semanas. A cotação atual de R$ 5,522 pode oscilar entre R$ 5,50 e R$ 5,60, dependendo de novos dados econômicos e avanços nas negociações comerciais. Traders devem adotar gestão de risco rigorosa e monitorar indicadores como o IPCA e a balança comercial para navegar esse ambiente incerto.
Tags: Mercado Forex, USD/BRL, Ata do Copom, Selic, Tarifas Comerciais, Inflação, Diferencial de Juros, Gestão de Risco, Taxas de Câmbio, Política Monetária, Investimento Inteligente
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